Após a pressão dos internautas e dos estadunidenses que foram às ruas em protesto, os congressistas americanos recuaram com a votação das leis S.O.P.A e P.I.P.A. Chris Dodd - Diretor-chefe da Associação Cinematográfica dos EUA - MPAA (Motion Picture Association of America) soltou uma declaração que pode dar ainda muito "pano para manga". A MPAA é uma entidade que estabelece as regras para o mercado de cinema nos EUA.
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Chris Dodd deixou claro que cortaria doações feitas aos políticos que tinham desistido de votar em favor das leis, e que haviam sido elaboradas em conjunto com apoio da EMI, da Sony Music Entertainment, do grupo Time/Warner, da Universal Music, da Recording Industry Association of America (RIAA) e da Câmara de Comércio.
Uma das doações seria de 4,1 milhões de dólares para ser usada na campanha de reeleição de Barack Obama à presidência, em declaração dada a emissora Fox News. Isso irritou os americanos que exigiram através uma petição com mais de 10 mil assinaturas entregue à Casa Branca, explicações e que fossem feitas investigações acerca do que Chris Dodd disse. Não é a primeira vez que uma ação para impedir a pirataria na internet, idealizada pela MPAA, acaba sendo um "tiro saindo pela culatra". Há alguns anos a entidade conseguiu impedir que o site de torrents Mininova disponibilizasse filmes para downloads, mas ao invés de acabar com a pirataria, o que viu-se foi a proliferação de vários outros sites e blogs com conteúdo ilegal de filmes.
O mercado deve encontrar outros caminhos, se modificar e evoluir para acompanhar a internet. Não é através de leis ditatoriais que irão resolver a questão da pirataria. A internet deve continuar sendo um território livre. Livre, não ilegal! É necessária uma regulamentação sim, mas que seja algo viável para os dois lados.
Fonte: Diário do Nordeste.